sexta-feira, maio 12

Grande Porto

O Porto extravasou os seus limites administrativos e expandiu-se pelos concelhos limítrofes, relegando a Estrada da Circunvalação para apenas mais uma avenida urbana, tornando-se um pólo urbano que alberga quase 2 milhões habitantes.
O redimensionamento e redefinição administrativo é urgente, a fusão de municípios é praticamente inevitável, assim como é imprescindível a criação de uma entidade (eleita por sufrágio directo) que verdadeiramente tutele e represente os habitantes da região, em substituição da actual Junta Metropolitana, que pouco mais é que uma cimeira de presidentes de câmara...
É incompreensível que o Presidente da Câmara do Porto, seja apenas eleito por quem reside dentro do perímetro fictício definido pela Circunvalação, quando se verifica que a maior parte dos habitantes que são os verdadeiros utentes da cidade, (uma vez que passam aqui a maior parte do seu tempo quotidiano), foram obrigados a ir dormir para os arredores por exiguidade de espaço.
Só a cegueira de uns e o lugar cativo de outros não permitiu até agora encontrar um novo modelo de gestão urbana redimensionado à actual dinâmica territorial.
Enquanto a administração pública não for revista para responder à actual realidade sócio-geográfica, continuaremos a assistir à implementação de medidas avulso, de intervenções casuísticas e aleatórias, fruto de protagonismos inconsequentes, assentes sobre o improviso, que poderão significar enormes atrasos na sustentabilidade do desenvolvimento local.